quarta-feira, 2 de março de 2011

Só o tempo...

O amor
Era uma vez uma ilha onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, a riqueza e o amor.
Um dia avisaram aos moradores desta ilha que ela seria inundada.
Imediatamente a sabedoria identificou um morro bem alto e foi lá para cima providenciar condições para aqueles que fossem chegando.
Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem.
Todos correram e pegaram os seus barquinhos para ir lá para cima.
Só o amor não se apressou.
Quando já estava quase se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava passando a riqueza e ele suplicou:
- Riqueza, leve-me com você.
E a riqueza respondeu:
- Não posso, meu barco está cheio de ouro e de prata.
Passou então a vaidade, e o amor pediu:
- Ó vaidade, leve-me.
- Não posso. - respondeu a vaidade.
- Você vai sujar o meu barco.
Logo atrás, vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você? - implorou o amor.
- Ah amor, eu estou tão triste que prefiro ir só.
Passou a alegria. Mas era tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.
Já desesperado e só, o amor começou a chorar. Nesse momento, passou um barquinho comandado por um velhinho e ele então disse ao amor:
- Sobe amor que eu te levo, eu te salvo.
O amor ficou tão radiante de felicidade que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando lá no alto, onde já estavam todos os sentimentos a salvo, o amor perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe até aqui?
A sabedoria respondeu:
- O tempo, o tempo...
- Mas porque só o tempo se dispôs a me salvar?
E a sabedoria respondeu:
- Porque só o tempo é capaz de ajudar a entender um grande amor.

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